segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Estar seguro, um ser seguro

Até aonde vai nossa segurança e certeza?
Tem dias que elas somem. Desaparecem.
E o que fazemos?
Buscamos um abraço, um conforto, uma inspiração.
Gosto de me inspirar, de buscar os braços de alguns velhos e bons amigos.
Afinal, o tempo passa e lá estão eles, de braços abertos.

Eu reclamo muito.
E depois de muito reclamar, eu mesma concluo que não há motivos para isso.
Aí me sinto segura e forte, e desenvolvo uma certeza absoluta em tudo o que eu faço.

Ficamos sempre pensando no "se fosse assim", "era isso" ou "eu queria".
Não focamos no que temos, nem no que podemos.
Buscamos outros abraços... buscamos outras mudanças.
Reclamamos por ser mais cômodo.

A segurança vem do que somos. Ela está presente no nosso presente.
Chegamos aqui com dificuldades, limitações.
Mas chegamos. Vivos.
Em cacos ou não.Estamos aqui.
Seguros? Talvez não.
Mas com a segurança interior.

Segurança que lembramos existir no conforto de um abraço,
na inspiração de uma boa conversa,
no desabafo.

A certeza, deve existir apenas na segurança.
Certeza de que estamos seguros do que somos, o resto é o resto.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Quando o erro é meu - Parte I

Eu erro.
Você erra.
Ela erra. 
Nós erramos.

Mas quando o erro é meu, nosso, dói mais. Não em você.
Dói em mim. 

É difícil pedir desculpas. Ou é simplesmente fácil. 
É fácil errar e achar que tudo se resolve com um pedido de desculpas.

Mas quando o erro é meu, ele dói em mim. 
Dói em ti.
Dói em nós.

Mas a tua dor é diferente da minha dor, uma dor de quem erra. 
De quem olha no espelho e sente a tua e a minha dor. 

Perdão? 
Não consigo me perdoar. 
Penso se você me perdoaria. 
Penso se existe desculpa. Se o perdão é viável.

Penso que a desculpa é utópica. Que ela não apaga as cicatrizes. 
Não cura a dor.
Ela não apaga o que foi dito. 
Ela não chega até a alma.