domingo, 18 de novembro de 2012

Manuscritos I

Daniela é uma mulher de 30 anos. Já viveu muito e perdeu consideravelmente as coisas que amou na vida. Ela acha que faz muito pelas pessoas, não que não o faça...mas segue com a mania de jogar na cara o que faz. Nunca entendi porque faz isso. As duas atitudes. Fazer muito pelos outros e jogar na cara.

Já disse para a Dani (chamo-a assim) que ou ela faz porque quer, ou  não faça. Nunca briguei com ela. Apenas sou sua secretária, e em alguns momentos falo o que penso. Nos outros, faço meu trabalho e escuto. Vejo-a bravejando contra suas amigas... guardando rancor e amargura. Ela é uma pessoa boa, boa e amargurada.

Mas me questiono: quem não tem amargura e doçura em sua essência? Até os mais rudes devem ter. Precisam tem. Daniela tem beleza, tem força, determinação. Mas ainda não aprendeu a lidar com perdas e decepções. Certamente, ela vai aprender...

Eu aprendi, ao longo de uma jornada triste. Hoje transformo cada dia, em um dia de esperança. Porque errar todos erram. Difícil é perdoar e entender. E permanecer com um sorriso no rosto, e um carinho no coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário